Início Quem somos Biografias Livros Agenda Críticas Contactos Notícias Comprar
 

Sibila Publicações | Biografia de Filinto Elísio

 

Filinto ElísioFrancisco Manuel do Nascimento (1734-1819) era o verdadeiro nome de Filinto Elísio, pseudónimo arcádico do poeta neoclássico, sacerdote e tradutor que foi um dos nomes que mais contribuíram para a afirmação do pré-romantismo português.
Quem lhe atribuiu o pseudónimo foi a sua aluna de latim Leonor de Almeida (a futura Marquesa de Alorna), substituindo assim o nome de «Niceno» que até então usara. Em troca, Filinto atribuiu-lhe o nome de «Alcipe». Leonor encontrava-se reclusa no Convento de Chelas, juntamente com sua irmã Maria (por quem Filinto desenvolveu uma paixão platónica e a quem deu o nome de «Márcia»), por ordem do Marquês de Pombal. As irmãs tinham aulas atrás das grades.
Filinto fez parte do Grupo da Ribeira das Naus, cujos membros adoptavam nomes simbólicos. Embora fosse padre, era leitor contumaz de livros proibidos pelo índex. Em 1778, o padre José Manuel de Leiva denunciou-o à Inquisição como herege, o que lhe valeu uma ordem de captura. Alguns dos antigos amigos do grupo de poesia depuseram contra ele. Procurado pelo Santo Ofício, conseguiu escapar fugindo pela porta das traseiras da casa onde habitava em Lisboa. Abrigado por um comerciante francês, embarcou incógnito num navio sueco rumo a França, acabando por exilar-se em Paris, onde viveu quarenta e um anos, até à sua morte.
De início entusiasmado com o ambiente cultural vivido na capital francesa, mais tarde evidenciaria em cartas e poemas uma grande dor pelo exílio prolongado e pela saudade de Portugal.
Viveu dos seus escritos, poemas, traduções, da ajuda de amigos e das suas aulas. Foi professor de Lamartine, que aos vinte e cinco anos teve com Filinto lições de português e de literatura portuguesa.
Os seus poemas, assinados com outros pseudónimos, circulavam por Lisboa e suscitavam grande interesse e procura.
Os últimos anos de vida foram difíceis, chegando o poeta a experimentar alguma miséria. Nos últimos dias, teve a ajuda do embaixador português em Paris, que custeou o seu funeral. Foi enterrado no cemitério Père-Lachaise. Em 1843, os seus restos mortais foram trasladados para Lisboa, onde, desde 1856, repousam num jazigo construído para o efeito no Cemitério do Alto de S. João.

Traduções de Filinto Elísio publicadas pela Sibila:
Cartas Portuguesas (2018). Colecção Coisas Que Ficam
Sucessos de Madame de Senneterre (2019). Colecção Coisas Que Ficam

Loja online — Portes grátis para Portugal

Cartas PortuguesasSucessos de Madame de Senneterre

Imagem do escritor: Wikipedia

 

 

 
 
Copyright (c) 2021 Nas Tuas Mãos Unipessoal Lda. Todos os direitos reservados.