 Nuno Júdice nasceu em 1949, em Mexilhoeira Grande (Algarve).
Formou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa. É Professor Associado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas onde foi docente de 1977 a 2015 e onde se doutorou em 1989 em Literaturas Românicas Comparadas com uma tese sobre O espaço do conto no texto medieval (Vega, 1991).
Entre outras actividades no plano cultural, participou na concepção do Pavilhão de Portugal na Exposição Universal de Sevilha em 1992, tendo sido autor do catálogo Portugal: Língua e Cultura, e foi comissário para a participação portuguesa na Feira da Literatura de Frankfurt em 1997. Exerceu as funções de Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal e Director do Instituto Camões, em Paris, de fim de 1997 até início de 2004. É coordenador, com Fernando Pinto do Amaral, dos Seminários de Tradução Colectiva de poesia estrangeira da Fundação Casa de Mateus. Desde Janeiro de 2009 é Director da revista Colóquio-Letras da Fundação Calouste Gulbenkian. Poeta e ficcionista, tem actualmente a sua obra publicada nas Publicações Dom Quixote. Está representado em numerosas antologias e está traduzido em diversas línguas. Dos muitos prémios recebidos destacam-se o Prémio Reina Sofia de poesia ibero-americana pela sua obra poética, em 2013, e o prémio Juan Crisostomo Doria para as Humanidades da Universidade Autónoma do Estado de Hidalgo, no México, pela sua carreira universitária e literária. Em 2018 recebeu os prémios Rosalia de Castro do P.E.N. Clube da Galiza e o prémio Guerra Junqueiro do Festival Internacional de Literatura do Freixo.
Livros seus publicados pela Sibila:
Cartas portuguesas | Cartas duma religiosa portuguesa | Cartas familiares de uma ilustre desconhecida oferecidas ao público por um anónimo (2018). Colecção Coisas Que Ficam. Edição e prefácio.
Camões Por Cantos Nunca Navegados (2019). Ensaios. Colecção Coisas Que Ficam — Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura
A Inconstante, de Marie de Régnier (2019). Tradução e prefácio de Nuno Júdice. Colecção Mulheres de Palavra.
Planeta Dilacerado, de Jidi Majia (2021). Tradução e prefácio de Nuno Júdice. Colecção Poesis N.º 1
Ramón López Velarde — A Estrofe Que Dança — Antologia Poética, (2021). Tradução e prefácio de Nuno Júdice. Colecção Poesis N.º 2
Desenganos Amorosos, de María de Zayas (Maio de 2022). Tradução e prefácio de Nuno Júdice.
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ilustração: © Gilson Lopes
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